Frio na barriga, vento nos cabelos e a sensação de que um simples sopro pode nos tirar do eixo. À frente um abismo.
O ato de colocar a criatividade à prova é similar ao de estar à beira de um precipício, soltar o corpo à frente e simplesmente ter de dar um jeito de alçar voo, sem quaisquer ferramentas, sem quaisquer artimanhas.
É o ato de assumir a responsabilidade de que sim, você pode errar. E errar feio.
A altura desse abismo é sempre proporcional ao tamanho da nossa autoconfiança.
Se você quiser desenvolver a criatividade, terá que subir cada vez mais alto. Terá que acreditar em si mesmo cada vez mais.
É provável que no começo você comece escalando pequenos morrinhos e com isso, consequentemente, as quedas sejam menos doloridas. Deixem menos cicatrizes.
Talvez fique tempo demais apenas ralando os joelhos, apenas sujando a roupa em suas pequenas quedas, sem nunca subir mais um degrauzinho. Mas isso trás um ônus.
O ônus de fazer com que sua criatividade nunca se desenvolva, de que ela se sinta inútil, pequena e insuficiente. Junto com isso, a sua autoconfiança também não se desenvolverá.
A criatividade não pode existir sem autoconfiança. E pra que ser tão autoconfiante senão pra trilhar por caminhos novos, ir contra o senso comum?
Sem essas duas características juntas, seus horizontes não serão tão lindos quanto poderiam ser.
Em algum momento você terá que contrariar a lógica, contrariar os costumes, a razão, o seu próprio passado e escalar o mais alto monte que sua visão puder alcançar. E então mergulhar.
E será nesse exato momento que você descobrirá quem você é.
Quando a queda é livre, você acredita piamente que pode voar ou só consegue imaginar o quanto quer que seus pés toquem o chão novamente?
Abra os braços.
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